segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

MUDANÇA MALDITA

No dia 6 de junho de 2016 às 8h45min, chegava ao edifício Queiroz, a família Oliveira com sua mudança. Era uma manhã fria e nublada, ao avistarem o prédio viram que tinha vários andares, era um prédio antigo, mas muito bem cuidado na região central de São Paulo.
Senhor Paulo era gerente de uma empresa de jóias, era um homem alto, elegante e rico, jamais era visto sem terno e gravata, estava se transferindo da loja de Curitiba, portanto, mudava-se com a família para assumir a loja que seria inaugurada nos próximos dias na capital paulista, na qual já possuía muitas ações, não sendo mais um mero empregado. Sua esposa, Patrícia, uma escritora de livros infantis de muito sucesso, era uma mulher jovem, bonita, de cabelos ruivos e longos, olhos azuis, alegre e muito inteligente, era esposa e mãe amorosa. O casal possui dois filhos, Beatriz tinha 12 anos, muito esperta, estava no 7º ano e iria frequentar uma escola particular chamada colégio Apogeu, tinha os cabelos castanhos do pai e os olhos azuis da mãe, ela se dava bem com o irmão Rafael, de 9 anos, ruivo como a mãe, também de olhos azuis e iria estudar na  mesma escola que a irmã.
Senhor Paulo parou seu Honda Civic preto em frente ao edifício e o furgão de mudanças parou logo atrás.
Na portaria, o ex-dono do apartamento da família Oliveira, Sr. Manoel um senhor idoso e barbudo, os esperava com a chave, ao ver o Sr. Paulo foi logo dizendo:
_ É com dor no coração, que lhe entrego o apartamento onde passei os melhores anos da minha vida, onde fui feliz com minha esposa e três filhos. Só vendi para poder saudar algumas dívidas.
_ É, mas agora é meu! Vamos ao que me interessa!
Senhor Manoel demonstrou que não gostou daquela atitude, entregou a chave e foi-se. Todos se dirigiram ao elevador e foram para o 10º andar, 411. Ao entrarem se alegraram, pois o apartamento havia sido reformado, era grande e arejado. Paulo foi para a loja de jóias Phenix ver como estavam os preparativos para a inauguração, enquanto isso, Patrícia, Beatriz e Rafael, arrumavam seus pertences que já estavam chegando, pelo elevador de serviços.
Às 20 horas todos estavam exaustos, mas resolveram sair para jantar, ao abrir a porta, alguém correu para a escadaria, quem quer que fosse não queria ser visto, Rafael falou:
_ Parece que era o Sr. Manoel!
Patrícia e Paulo se olharam sem entender o que ocorria e foram para o elevador. Alguns dias se passaram e a família já havia estabelecido rotina de vida. De manhã, Paulo ia para a joalheria, as crianças iam para a escola e Patrícia escrevia mais um de seus livros.
No dia 15 de junho, Patrícia resolveu ir com Paulo para poder fazer compras, pois seu sócio Marcos viria de Curitiba para a inauguração, e Paulo o havia convidado para jantar.
Saíram juntos, quando chegaram no estacionamento que ficava no subsolo, Patrícia percebeu que havia esquecido sua bolsa e voltou para buscá-la, Paulo se dirigiu até seu carro. Quando Patrícia desceu com a bolsa levou um grande susto e gritou:
_ Naaão! Paulo!
Seu marido estava caído e morto com uma bala no coração. Chamou a polícia e ligou para seu pai, desesperada. Ele então chamou o detetive Albert, muito seu amigo que logo apareceu com sua assistente Deise.
Albert era baixo, gordo e de cabelos grisalhos; muito inteligente e famoso por desvendar muitos mistérios. Deise era alta, loura de óculos e era parceira de Albert há muitos anos.
Albert disse:
_ Patrícia, vamos verificar o local e observar as câmeras de segurança, amanhã falaremos com você, após o enterro.
No dia seguinte, quando a família voltou para casa, acompanhada de Marcos, o sócio, encontrou Albert e Deise esperando-os na portaria.
Deise falou:
_ Sabemos que estão exaustos, mas precisamos saber se suspeitam de alguém. _ Rafael disparou:
_ Foi o Sr. Manoel, eu o vi fugindo pela escadaria naquela noite que mudamos para cá.
Deise anotava tudo. E perguntou:
_ Onde vocês estavam indo ontem, Patrícia?
Ela explicou tudo e Marcos completou:
_ É lógico que foi o Sr. Manoel, não sei o que a polícia está fazendo que ainda não o prendeu!
Albert respondeu:
_ Calma Sr. Marcos, estamos investigando. As imagens não ajudaram, pois o assassino estava com capuz. Mas, em breve, teremos novidades. Nem tudo é o que parece!
A polícia interrogou Patrícia, o porteiro, Sr. Manoel e Marcos, que reclamou dizendo não ter nada a ver com aquilo, pois nem estava na cidade no dia do assassinato.
Ao ser interrogado, Marcos disse que não sabia de nada, mas foi surpreendido pelo delegado que falou:
_ E como o senhor explica este relógio de ouro, com seu nome gravado, caído no local do crime?
Marcos ficou mudo. E Albert completou:
_ O senhor alega que não estava na cidade no dia do crime, mas deu entrada no hotel, dois dias antes, aqui está à lista de hóspedes do hotel San Diego, que a administração do hotel nos forneceu, portanto, chegou à capital bem antes do que diz!
_ O que tem a nos dizer, diante disso, Sr. Marcos? _ disse o delegado.
Marcos sem saída começou a confessar:
_ Estão certos! As provas me condenam. Matei Paulo porque sou apaixonado por Patrícia, ela foi minha namorada, mas escolheu a ele, que era meu melhor amigo para se casar, não sabem como sofri, ao vê-los tão felizes. E de novo anos depois, ele continuava a me atrapalhar, agora comprando ações da joalheria Phênix, ele estava virando sócio majoritário, e já mandava mais que eu. Assim, achei que com a morte dele, Patrícia seria minha esposa e juntaríamos as ações e eu seria dono absoluto!
O delegado deu voz de prisão, Marcos foi condenado a 25 anos de reclusão. Patrícia ficou surpresa com tudo isso, pois jamais tinha percebido o ódio, daquele que pensava ser amigo da família. Ela vendeu as ações e voltou para Curitiba com seus filhos para ficar perto de seus familiares.


Autor: 5º ano C



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